Argumento: The Walkmen - Heaven

Uma casa. Uma sala. Um quarto. Uma cozinha, uma casa de banho e mais nada. Uma casa. Contigo, comigo. Tardes de Outono passadas no calor do amor que sentimos. Chuva que abençoar-nos-á. Gloriosa chuva que cai ao ritmo de uma pandeireta. Tudo à nossa volta será quente. Os lençóis. As almofadas. As canecas. Mas nada será mais quente que o nosso amor. A nossa ligação. Ferve. Transpiraremos felicidade. Os teus braços à minha volta enquanto pouso a cabeça no teu ombro. Quem me dera que tivesses mais braços. Quem me dera ter mais cabeças. A tua respiração no meu ouvido. O teu cheiro. E os meus dedos a passearem alegremente nas tuas mãos. Saltitam, pululam. Como a minha alma. Como o meu coração. O teu cabelo é uma cascata que roça na minha testa, nos meus olhos, que vem da mais pura nascente. Tu. A vida dança ao som de uma esperança que vem do céu. Uma dança divina. Quero fundir-me em ti e perder-me no amor que quero trocar contigo. E mais vozes começam a cantar. 
Uma casa. Uma sala. Um quarto. Uma cozinha, uma casa de banho e mais nada. Uma casa. Contigo, comigo e com os miúdos. Perfeitos. A nossa imagem. A imagem dos nossos sentimentos sem fim. Primeiro pequenos e frágeis, depois maiores e traquinas. Fazem-nos rir ao rirem-se das caretas que lhes fazemos. Os nossos corações batem de tanto sentir por eles. Baterias. Acariciamos as linhas que fazem este sonho. Guitarras. Tudo é perfeito. Uma voz rouca, profética, assim o ditou. Eu chamo-lhe destino. Mas chamo-lhe vida também. O único desejo que tenho. Ouvir essa voz. Sentir a pandeireta de chuva construída. Vibrar com a bateria que sai do coração. Ser embalado pelo dedilhar do sonho. Céu. Na terra. No futuro do sonho. Céu.





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