Edição Limitada apresenta: Valter Lobo - a beleza das pequenas coisas


A vida é feita de coisas. Todos sabemos isso. Coisas grandes, coisa pequenas, coisas enormes e coisas minúsculas, estes são os rótulos que damos a tudo aquilo que vai passando por nós, dos zero aos noventa e nove anos. Mas rótulos são maus. Limitam-nos a cabeça ao prender certo significado a outra certa coisa, o que nos faz tantas vezes cair no que não é verdade apenas por preguiça. Preguiça de ir para além da definição, da descrição. Se não a tivermos, como tenho a certeza que todos vós não têm (é não é?), conseguimos ver que muitas vezes as “coisas pequenas” valem mais que a maior das “coisas grandes”. E é com esse raciocínio em mente que vos apresentamos este nosso último projecto, feito em conjunto com o nosso grande amigo (e ainda maior artista) Valter Lobo. Tudo começou com uma simples entrevista que desencadeou uma das coisas que mais nos orgulhamos de ter feito. Este vídeo. Por isso não me digam que as “coisas pequenas” se limitam à sua definição. 
“Mas como é que fazemos uma cena destas?!”. Este pensamento assombrou-nos a durante os primeiros dias depois de termos falado com o Valter, afinal de contas fazer uma coisa assim e bem feita requer muita bagagem. A nossa sorte é que temos uma bagageira bem espaçosa. Como ingénuos amadores que somos, falámos com os meus avós para nos cederem o cenário para aquilo que pretendíamos que fosse um vídeo/showcase sóbrio, genuíno e verdadeiro, onde a simplicidade e riqueza da música do Valter (sim, já nos tratamos por tu e tudo) fosse capturada perfeitamente. Boa noticia veio da boca do avô Nando e da avó Gina, quando nos deram a luz verde. Agora faltava o material. De vídeo estávamos safos, o grande Afonso Sousa, Steven Spielberg dos Algarves, tratava desse assunto (tratou mesmo e com uma qualidade do caraças). Um problema resolvido. E o som? Problema número dois. Onde íamos nos desencantar microfones, gravadores, esponjas e toda essa parafernália. Estávamos lixados. O som, a coisa mais importante de tudo isto ficaria uma valente caca e era a morte do artista. Depois de termos chateado meio mundo à procura de mil e uma coisas que pudessem nos dar um som o mais próximo de uma gravação em Abbey Road possível, chegamos a conclusão que teríamos de partir os porquinhos mealheiros e largar umas notas para conseguirmos alguma coisa de jeito. E assim foi. 
Já todos quitados com tripés, maquinas fotográficas, microfones e pizzas para o jantar, embarcámos no sempre fiel Renault Clio, apanhámos o Valter e o Pedro (manager), e partimos para os Olivais. Chegámos, já depois de animada conversa no bólide, montámos a barraca, e assim foi. Eu, o Afonso, o Dário, o Valter, o Pedro, o avô e a avó, a quem muito agradecemos, fizeram este nosso trabalho, mais querido para nós do que um rechonchudo recém-nascido. Esperemos que fiquem a conhecer melhor quem é o Valter Lobo, conhecer melhor o que ele nos quer mostrar e vão ver que descobrem um dos mais promissores cantoresautores portugueses. 


Quando já o tratarem por tu, depois de verem o nosso sensual e espectacular vídeo, venham ouvir ao vivo estas músicas de embalar a alma na tournée de inverno a decorrer agora (vejam melhor as datas aqui). Nós estamos lá batidíssimos, só faltam agora vocês. 

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