SUGESTÃO: Será BBNG o remédio para as dores da derrota da selecção?

Já alguma vez vos aconteceu quererem ouvir uma música, mas mães, pais, caras-metades e afins querem ouvir outra e fica tudo uma grande embrulhada? Ou cedes e ouves o que te impingem mas que até te pode fazer bater um pé rancoroso, reflexo de uma vontade negada que até te está a soar bem, ou sais em ombros do esgrimir de argumentos e tens como prémio a TUA música. Não é chato quando isto acontece? Se ao menos houvesse alguém que conseguisse juntar os gostos de duas pessoas que, digamos, gostassem de Jazz e Hip-Hop… Calma! Não esperes mais! Esse alguém chegou há um instantinho e já começa a mostrar sinais de que serão a resposta para este problema…  Aliás, para quase todos os outros que surjam no mundo, fome e doenças incluídas, pelo tão bom que são. Falo-vos de BADBADNOTGOOD.

Estes três jovens canadianos, Matt Tavares, Alex Sowinski e Chester Hansen, aterraram no Aeroporto Internacional da Música Pausada com dois álbuns: um em Fevereiro de 2011, gravação in loco no Clube Koko de Londres (a rima foleira não foi intencional), e outro em Abril, este já oficialmente um “primeiro álbum” em todo o sentido da palavra, gravado em estúdio e com 11 faixas daquelas que te deixam a salivar, provando que estes miúdos-maravilha, dentro em breve, dominarão o mundo da música alternativa.

Mas porque é que estes miúdos de 20 anos são o remédio perfeito para discussões musicais entre MC’s e Jazzmen? Ora porque combinam em perfeição estes dois estilos irmãos (afastados), apurando os pontos fortes de ambos e criando uma simbiose única de som digital e piano, por exemplo, como nunca se tinha visto. Se Herbie Hancock e Kanye West tivessem um filho musical, de certeza que seria algo muito semelhante ao que esta malta faz. Os hipnóticos instrumentais “agasalham-te o peito” com um casaco aconchegante feito de descontração e à vontade que te fazem entrar num estado zen de música boa, onde se torna impossível haver qualquer acesa conversa entre a malta do hip-hop e do jazz, e tudo acaba bem, com Rotten Decay ou UWM, por exemplo, a servir  de melodiosa banda sonora.

Resta perguntar: Já ouviste BBNG? Não? Então de que estás à espera? Aproveita que eles, para além de excelentes músicos, são uns tipos muita porreiros e generosos e oferecem o seu último álbum (BBNG2) na íntegra aqui: http://badbadnotgood.com/. Põe as discussões de lado e vem provar este elixir de sons que sabem bem.

Texto escrito por: Diogo Lopes