SUGESTÃO: E "Bloom", fez-se o chocapic.

Chega Junho e com ele chegam as férias, o Verão, os festivais, a praia e muita mais merda. Depois da escola nos ter tirado demasiado tempo para falar sobre eles, aqui fica uma mão cheia de álbuns sem os quais teríamos passado mal durante 2012. Se precisarem de inspiração para os exames ou se tiverem uma daquelas tardes onde a única companhia que têm são as festas de Verão da TVI com o Goucha e a Cristina Ferreira, lembrem-se que pode ter havido boa música que se esqueceram de ouvir e lembrem-se de nós. Aqui vamos:
Tal como o Messi está para o futebol, os Beach House estão para a dream pop. Passa o tempo e cada vez menos restam, na História, exemplos que tenham conseguido a mesma façanha que esta dupla. Em três álbuns, três bolas de ouro. Com Bloom, faz-se o poker.
Muito se escreveu sobre o facto dos Beach House pouco ou nada arriscarem em termos de sonoridade, o que até pode ser verdade. Ainda assim, custa-me encontrar algum problema nisso. Pode não mudar a sonoridade, mas mudam outras coisas. Seremos hoje os mesmos que ouvimos, há uns anos atrás, o Devotion ou o Teen Dream? Será que sequer os ouvimos da mesma maneira que ouvimos das primeiras vezes? Provavelmente não.
O que é certo é que não temos qualquer medo que Bloom nos pegue na mão e nos leve até algures no passado. Como rever uma fotografia que abre as páginas mais velhinhas da memória e que serve de bilhete para explorar esse velho lugar que agora parece diferente.
Tal como hoje acontece com alguns temas de Teen Dream e que nos levam a pensar cenas como “ish, quando gostava daquela gaja, fartava-me de deprimir com isto” e que hoje podem fazer mais ou menos sentido mas que ficaram na memória, daqui a uns 20 ou 30 anos, com filhos e a tentar passar-lhes alguma cultura musical, falar-lhes-ei dos Beach House. É com temas como Lazuli, New Year ou Wishes que se deve ir crescendo. Bloom é mais um marco, um dos melhores do ano como não podia deixar de ser. O dia em que se ouve uma coisa destas devia passar a ser feriado. Mais nada. O resto é ouvir. 

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