A MINHA BANDA FAVORITA: a paz, a calma, o mar, o surf...os Pearl Jam (por Patrícia Lopes)

Sinto-me em paz, cheia de calma e visualizo as ondas do mar. Fico com vontade de aprender a surfar para conseguir sentir na pele a sensação de que ele tanto fala. Quem? O ídolo! E percebo que é verdade, "I'm still alive".
Eddie Vedder. Para mim ele é grande. Enorme. Transpira o grunge. Tem a voz que me faz não parar de falar desses que há 20 anos nasceram com o nome de Pearl Jam. E dizem-me para começar a ouvir outras coisas, e eu oiço, a sério e acreditem que oiço muito boa música, mas é destes senhores de que eu falo com paixão.
Pearl Jam pode ser música para os ouvidos de muita gente, mas para mim Pearl Jam é a música, o estilo, os nove álbuns de estúdio, é Pearl Jam Twenty e são 20 anos de sucesso. Pearl Jam é Eddie Vedder para muitos, mas para mim é também Stone Gossard, Mike McCready, Jeff Ament e Matt Cameron. Reconheço-os a todos, até aos outros mil bateristas que já passaram por aqui. 
Pearl Jam transmite-me o que é dizer o que há para dizer sem ter medo de fazer parte das polémicas geradas em revistas cor-de-rosa, é dar essa opinião e partilhá-la com todos. Estou a tornar-me muito nostálgica, mas passa muito por encontrar aquela linha tão ténue que tende a facilitar polémicas entre a sinceridade e a arrogância. Nós, os fãs, distinguimos bem a diferença. Para eles fazer música é fazer arte e a arte não deve ser reconhecida por títulos. E a arte é no fundo, o espelho de todas as lutas que eles acreditam serem as certas. 
Vedder é a voz que lidera o rumo da banda. Mas todos têm um forte historial no que toca a defender os princípios que não chegam a ser cantados. Uns são mas outros não. Desde campanhas de activismo, a guerras contra grandes empresas como a Ticketmaster para que baixem os preços dos seus concertos, à luta contra a guerra do Iraque. São 20 anos de princípios, demasiados para os enumerar todos aqui, mas a dedicação da banda para cada objectivo é notável e esta merece ser mais explorada do que realmente o é. Pearl Jam é, sem qualquer tipo de dúvida, mais que música. Mas às vezes as imagens são bem melhores que umas quantas palavras: 
Aqui estou eu como groupie que aparentemente sou – juro que só uso camisas aos quadrados às vezes -, a transbordar de ideias por escrever sobre a minha banda favorita. Pearl Jam é a banda favorita porque é. Não há razão, a não ser aquela que me fascinou à partida (mas essa nem eu sei expressar qual é). Faz parte de mim há anos e dificilmente vai deixar de o ser. Para mim, ouvir álbuns como Ten, Lost Dogs ou mais recentemente Backspacer deixam-me em estado zen, simplista e descontraído como gosto de viver a maioria dos meus dias. Gosto de acordar em dias mais vazios e enchê-los com o que para mim é o bom grunge, dentro ou fora de casa, é música para um estado de espírito relaxado. 
Eddie Vedder é O ídolo e mal posso esperar por voltar a encontrar-me com ele num típico ambiente que sei que ambos gostamos. Dia 3 de Agosto lá nos veremos na Zambujeira do Mar (por muito surpreendida que tenha ficado, lá estarei), entretanto, fiquem também à espera do próximo álbum que está para breve (muito breve) e enquanto aguardam ansiosamente por isso, porque não tirar duas horas do vosso tempo e assistirem a Pearl Jam Twenty? Duas horas sobre Seattle, Grunge e Pearl Jam, mas sobretudo, companheiros, duas horas sobre música. E passam a voar.
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Texto escrito por: Patrícia Lopes

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