Antes de mais nada, uma boa noite à banda. Como ávida fã de música que realmente preenche os ouvidos, não pude deixar de fazer o doloroso percurso durante o festival Milhões de Festa, que nem uma peregrina a ir a Santiago de Compostela, para ver Equations. A preocupação com o vosso bem-estar é evidente, por isso não posso deixar de me preocupar com o facto de os Without Death Penalty terem acabado pouco depois de um indivíduo chamado José Cordeiro ter passado a integrar a banda. Não acham suspeito?
VT: Olá! Antes de mais um muito obrigado por teres feito aquele caminho todo só para nos ver! O sítio era bom, mas o acesso realmente era difícil, esperamos que o sacrifício tenha tornado a experiência um pouco mais especial! Quanto ao Zézé, realmente acho suspeito. Aquele indivíduo com o seu bom ar e a sua natureza afável leva qualquer um a fazer exactamente aquilo que ele quer. Aposto que ele pensou nisto tudo desde o inicio. Não tenho a mínima dúvida.
Partindo agora para uma questão mais séria, é crucial saber o porquê da mudança do nome da banda. A entrada de novos elementos foi motivo suficiente para o fazer, tendo em conta a fama bastante considerável que já tinha alcançado enquanto Without Death Penalty?
VT: A mudança de nome deu-se na realidade devido a uma variedade de factores. Depois de o Freitas sair (o nosso antigo baixista), eu o Bruno e o Zé começamos a compor a maioria das músicas do nosso set actual. A sonoridade ingressou num rumo um pouco diferente daquela praticada enquanto Without Death Penalty, portanto essa foi uma das variáveis. Depois a entrada do Zézé e do GD e o facto de termos estado parados a nível de concertos durante mais de um ano também contribuíram para esta decisão. Mas o que pesou mais foi mesmo o facto de já não estarmos a gostar do nome que tínhamos! [risos]
Passando agora ao que interessa, consta que têm procurado editoras para que possam lançar o primeiro disco. Os Equations têm algo para mostrar em breve?
VT: Sim, é verdade. Temos um álbum totalmente pronto e está na nossa gaveta à espera de ser exposto ao mundo. Para isso andamos a contactar editoras para nos ajudar com o lançamento! Hoje em dia, como todos sabemos, a conjuntura não é a melhor e toda a gente está apertada financeiramente. Mas com calma e dedicação tudo se consegue! Podem ficar atentos porque haverão novidades neste campo muito em breve…
Com tão pouco tempo de existência, o feedback, de modo geral, tem sido positivo. Além do Milhões de Festa, já tiveram oportunidade de tocar noutros locais. Terem gravado nos BlackSheep Studios foi com certeza indispensável para o “avanço” que esta tão recente banda, que parece já ter chegado mais longe que outras mais antigas (não querendo acusar ninguém). O que acham da reacção do público à vossa música? Tiveram um papel importante ou tudo o que alcançaram é fruto de algum ritual narcisista que praticam em segredo?
Zé: Tivemos muita sorte com as nossas primeiras oportunidades de concertos, conseguimos sempre tocar para um público considerável e em eventos óptimos. As reacções do público têm sido boas mas tímidas! Como somos uma banda nova com músicas desconhecidas, as pessoas ficam a assimilar. Geralmente vem falar connosco no fim dos concertos, e têm entregue comentários muito favoráveis. Penso que quando o álbum sair, o público vai passar a conhecer as músicas mais a fundo e talvez se soltem mais nos concertos! Mas isto tudo deve-se ao facto de o nosso vocalista ser um Xamã norte-africano. Ele faz sempre uma dança antes dos concertos, em pelota, onde invoca os espíritos do deserto enquanto come um pombo vivo.
Não devem saber, mas esta entrevista é feita com o intuito de ser publicada numa altura pós-festejo da Semana do Demónio. Consideram-se uma banda do demónio ou bastante afáveis e fofinhos?
Zé: Olha, até calha bem porque o nosso vocalista é um Xamã norte-africano. Ele faz sempre uma dança antes dos concertos, em pelota, onde invoca os espíritos do deserto enquanto come um pombo vivo.
Para quando um concerto no Roadburn?
Zé: Quando fizermos a primeira parte dos nossos amigalhaços, Necrocannibalistic Vomitorium. Talvez na edição do próximo ano.
Eis O documentário:
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