O espírito da mudança chegou juntamente com fantasmas do passado e é com Sleeping Ute que tudo começa novamente. De forma mais rápida e precisa a bateria é cada vez um elemento mais preponderante e atmosférico. Shields é o testemunho vivo de que não é necessário deixar tudo para trás para começar de novo, apenas é preciso moldar. O piano bate com uma nova força em A Simple Answer e existe uma calma enternecedora que nunca passa da melancolia ou de um passo demasiado lento com What’s Wrong. Uma luta harmoniosa entre todos os elementos e sem dúvida mais uniforme do que fora Veckatimest e com uma vivacidade diferente de Yellow House. A cada passo que a banda dá, introduz novas cores e personagens que não deixam de dar importância ao artwork sempre adequado e original sendo o seu contributo por isso mais que fundamental na construção de um universo que acaba por nos ser familiar. Grizzly Bear são acima de tudo algo familiar e próximo ao mesmo tempo que te avisam que existem algumas coisas fora do teu alcance e que a banda, astutamente, prefere contar uma história para a melhor ilustrar.
Texto escrito por: Bárbara Sanchez
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