SUGESTÃO: Como engatar gajas nos 80's? Kavinsky! (por Diogo Lopes)

Kavinsky. É o que dá quando misturamos sintetizadores com viagra.
É francês, produtor, DJ (relaxem, não é o Guetta) e até actor já foi, mas ainda bem que pôs o mundo do cinema de lado, começou a brincar com uma Yamaha DX7 e aprendeu com os seus amigos (entre eles Mr Oizo) como espremer o maravilhoso mundo da eletrónica. Quitando o electro-pop foleiro dos anos 80, Vincent Belorgey (o seu nome real) faz com que a temperatura aumente, a praia se aproxime, e um mojito te caia nas mãos, tal e qual um estiloso de Palm Beach.
O próprio nome Kavinsky tem muito que se lhe diga, porque apesar de parecer o nome de um compositor do século XVI ou de um pintor modernista alemão, a verdade é que é o de um zombie. “O quê?!”, perguntam vocês. Sim, é verdade, este nome surge no contexto de um conceito criado pelo próprio Vincent para dar mais pujança e originalidade a tudo aquilo que produz. Ele leva este mundo imaginário de tal forma a sério que até as próprias músicas que faz, contam a história deste electro-morto-vivo, que em 1986, enquanto ainda respirava como todos nós, ia a assapar no seu Ferrari Testarossa (Testarossa Autodrive) pelas estradas de França, até que teve um acidente, morreu, e depois voltou a viver para nos dar música fixe. Esta é a história por detrás do nome Kavinsky.
Mundos imaginários à parte, ele encaixa-se algures entre os Daft Punk, os Justice e uma Nintendo 64 com esteroides, ligando-te à corrente com o que faz. Tem músicas que roçam o erótico como Nightcall, e outras que te põem em Miami, num Chevrolet Corvette vermelho, de Ray-Ban’s e com o cabelo  de tal maneira ao vento, que parece fugir da tua cara de badass. As estruturas das suas músicas não são as mais complexas, e, apesar de terem, desde sirenes (1986) a locuções de telejornal (Flasback) a rodar em cima de batidas que lembram os antigos jogos de 84-bits, a verdade é que esta mixórdia toda até funciona muito, muito bem.
Andas à procura de ti? Queres conhecer o teu interior ou a razão porque existes? Se sim não te aconselharia este rapaz como primeira escolha, mas se quiseres andar pela rua sentindo-te o Tony Montana, a cagar confiança e energia, então não procures mais! Põe Pacific Coast Highway a tocar que sentes logo os teus pés a quererem mexer por si próprios e a vontade de ir para o engate, a trepar-te pelas costas acima.
Texto escrito por: Diogo Lopes

1 comments:

  1. Carlos Lopes disse...

    Muito porreiro, Diogo! O texto e o blog. Vou ficar cliente. Abraço.

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