Boris - Heavy Rocks
Mais uma vez o Japão aparece por cá representado, desta feita por um nome incontornável do que é o stoner rock e o sludge na actualidade, Boris. É já quase impossível não "tropeçar" neles ao explorar, por mais minimamente que seja, o universo do rock psicadélico e experimental. O trio japonês já colaborou com titãs como Merzbow, Sunn O))) e até mesmo Ian Astbury, vocalista dos lendários The Cult. Desde a sua formação em 1992, são praticamente incontáveis os "beijinhos" que estes Boris têm distribuído pelos mais variados estilos. E é por entre registos mais dados ao noise, outros ao drone e até mesmo ao j-pop, que encontramos este Heavy Rocks, lançado em 2002, e prima por ser uma verdadeira homenagem ao riff, ao rock, e obviamente, à guitarrada. Há muros de distorção fumarentos, percussão arrastada e solos de fazer arrancar a pele do corpo. O género em questão não fica muito melhor que isto.
Khanate - Clean Hands Go Foul
Pois bem, juntem Stephen O'Malley, James Plotkin, Alan Dubin e Tim Wyskida, e o que obterão será nada menos do que toda uma nova definição de super-grupo. Não preciso de pensar duas vezes para afirmar, que este álbum é indubitavelmente (e isto no melhor sentido possível), um dos trabalhos mais desagradáveis que alguma vez tive a oportunidade de escutar. E até que ponto ter descoberto Khanate mudou a forma como oiço música, não sei de todo. A conversa de fã que ainda não superou a separação da banda era inevitável, mas chega. Lançado em 2009, Clean Hands Go Foul é o último lançamento do quarteto. E digamos que um capítulo não foi fechado às três pancadas, este é muito provavelmente o derradeiro registo da banda. Há todo uma construção de guitarra que se sente mais elaborada que nos álbuns anteriores, os vocais penetrantes de Alan Dubin, a par do seu trabalho lírico, continuam lá, e aquela atmosfera notável, diria que inigualável mesmo, também não faltou à festa. Resumindo, é um prato lento, cru, nu e que deve ser servido frio, bem frio.
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