REVIEW: Maybeshewill - I Was Here For A Moment, Then I Was Gone

Desde a sua formação em 2005, têm já três álbuns e inúmeros EPs e singles lançados, construindo desde então uma certa reputação dentro do gênero. Estes britânicos, conhecidos pelo seu rock furioso, ao qual adicionam elementos electrónicos e ocasionais pianos, não esquecendo também o já associável uso de samples, de filmes como Network e de mesmo The Rules Of Attraction. 
É este terceiro longa duração que marca não só o regresso dos Maybeshewill, sendo que Sing The Word Hope In Four-Part Harmony data de 2009, mas também a estreia da banda num "estúdio de verdade". E como é que eu sei isto? Provavelmente a informação está no site deles, mas sim, o Edição Limitada conversou com os rapazes, portanto podem ficar à espera de ler uma entrevista até ao final da semana. 
Quanto ao sonoro propriamente dito, é bem fácil perceber-se que se está a ouvir um disco dos Maybeshewill, havendo já aquela identidade, que só uma banda com uma sucessão de lançamentos consistentes consegue criar. Se ainda estão a pensar, "quem são estes gajos?", então imaginem uma mistura entre os riffs duns sei lá, And So I Watch You From Afar por exemplo, com elementos electrónicos duns 65daysofstatic. Os Maybeshewill são algo desse género, e apesar de neste trabalho haver até espaço para alguns toques orquestrais, grande parte do tempo temos riffs bem rock e energéticos, sem grandes "paneleirices", digamos assim. E por aquele palavrão entenda-se: não há construções ou guitarras sonhadoras e celestiais. É um disco muito metal, muito rítmico, mas sobretudo muito fácil de ouvir e de gostar.
É claro que isto não vem reinventar a roda, nem creio que fosse esse o objectivo. São uns Maybeshewill a fazer o que fazem de melhor, e isso inclui atirarem-nos com faixas como Take This To Heart e Relative Minors, que estão entre algum do melhor material que a banda lançou ao longo da sua carreira de seis anos. Mas vá, confesso que sinto falta de ganchos semelhantes aos que temos em Not For Want Of Trying, porque músicas como Heartflusters e He Films The Clouds Pt.2 são mesmo favoritas, e porque este novo disco acaba por se tornar algo monótono, com sim, alguns grandes momentos que se destacam, mas num todo algo semelhantes.

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