ENTREVISTA: Yohuna

Yohuna é o projecto de Johanne Swanson, residente em Albuquerque, no Novo México. O som que este apresenta espreguiça-se pela synth/dream-pop cheio de reverb até à electrónica passando pelo pop mais conhecido de Madonna e pelos refrões mais catchy de uma Katy Perry. Distingue-se pela sua sonoridade límpida e amolecedora e voz angelical que acaba por deambular pelo curso de uma canção, como é possível ouvir em Mateo, primeiro tema da cassete Revery.
O Edição Limitada teve então a oportunidade de trocar umas palavras com uma muito simpática Johanne na sua primeira entrevista:
Olá, Johanne. Para começar, gostariamos de te agradecer pela oportunidade de te entrevistar. Como sabes, o Edição Limitada não é nenhum monstro do hype... pelo menos ainda não!
Y: Obrigada eu, estou feliz por aqui estar.

Quando decidiste começar o projecto Yohuna? Foi uma influência do produtor/músico Vacation Dad? Já agora, óptimo trabalho que vocês os dois fizeram na faixa "Adonis".
Y: As músicas na cassete Revery são as primeiras canções que alguma vez compus e lancei aparte de algumas que tinha com uma outra banda; aliás, é o meu único projecto a solo.
Escrevi-as em meados de Novembro de 2010 em Novo México e enviei demos para Wisconsin para o Vacation Dad. Ele disse-me que estavam boas, encorajou-me a continuar a compor e quando voltei para casa para o Natal, gravámos a Revery juntos. O Vacation Dad é provavelmente a minha influência mais directa visto que ele produziu as faixas mas não acho que os nossos projectos soem demasiado parecidos.

A cassete, Revery, lançada no início deste ano foi o teu... grande salto na blogosfera da música alternativa. Abriu-te muitas portas, imagino.
Y: Claro. Conheci tantas pessoas fantásticas que abriam as suas vidas a mim... É encorajador e inspirador ver outras pessoas a ficar abismadas e a responder a arte que estou a fazer.

Pessoalmente, adoro o que fizeste com as primeiras duas faixas da cassete e achei que, como Mateo foi o primeiro single do lançamento, as tuas influências principais estariam mais evidentes nesta música. Certo?
Y: Mateo foi a primeira música que escrevi das que estão na Revery. Gravei a demo sentada na cama no dormitório da Universidade do Novo México. Saiu naturalmente de mim e do nada, fez-se um clique tipo... "Este é o tipo de música que quero fazer". Mas por acaso, as influências musicais não eram algo de que eu estivesse alerta na altura.

Então... Quais são as tuas principais influências? Estás muito dentro da cena synth-pop que floresceu ao longo de 2010/2011?
Y: As minhas influências são bastante subconscientes quando escrevo uma música, mas sinto que o local onde as escrevi teve muito a ver com isso. É como um chocar com a cena melody heavy pop-folk com a qual eu cresci em Wisconsin e esta estranha droney drug music que acabei por encontrar no Novo México. De facto ouço mesmo muita música pop, ya. Adoro jj, Katy Perry, cenas antigas da Madonna e Kate Bush. Gosto de muita música. Não só synth-pop.

Houve alguma má repercussão vinda da internet depois do lançamento do teu trabalho? Apenas pergunto isto por causa do teu hype super prematuro que tiveste desde Janeiro...
Y: Na... Sou bastante pro-internet. Sinceramente, não me consigo lembrar de uma coisa negativa que tenha acorado neste projecto. Tudo acaba por encaixar!

Tens algum projecto paralelo do qual devêssemos saber? Alguma coisa a sair este ano?
Y: A minha amiga Addie e eu escrevemos uma música chamada All the Slow Songs (Waiting) através do Skype (eu estava em Novo México e ela em Wisconsin). Quem quiser uma cena de gajas... [Woman Was The Word] É provavelmente uma das cenas mais fantásticas que já alguma vez ajudei a criar. Também cantei em algumas das músicas do Vacation Dad enquanto vivi no Wisconsin. Estou a compor novas demos que eu e ele vamos gravar este Verão. Estão a acontecer coisas fantásticas, mas ainda está tudo um pouco enevoado. Estou expectante!

Muito obrigado pelo tempo. Esperamos ouvir mais vindo desse lado e os melhores desejos para o teu projecto e trabalho vindouro!
Y: Muito obrigada eu por terem falado comigo!

a review do edição limitada a Revery aqui.
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