REVIEW: Alex Turner - Submarine EP

 Por aqui, um filme (Submarine), um realizador (Richard Ayoade) e um pedido de favor a este jovem, Alex Turner. Se o que se regala é mais banda sonora ou mais EP dos Arctic Monkeys, não sabemos ainda. Qual das luvas lhe assentará melhor? Aguardemos o que aí vem mas, no fundo, era inevitável que o couvert ficasse servido em vésperas de lançamento e de nova reinvenção (disso já ninguém parece ter dúvidas) recebida com mais ou menos fome mas sem tanta surpresa quanto isso dado que reinvenção já vai sendo lema da casa.
No coração deste snack gourmet, sentimo-nos a meio caminho entre a casa-mãe (os Monkeys) e a casa de férias (The Last Shadow Puppets). E Turner sabe bem onde está e não sai do seu espaço: a narrativa descritiva de uma lírica declamada a cada verso, entregue à típica solidão de uma guitarra e a nostálgicos “cloudy countrysides", ao amor, simples, acompanhado por uma percussão a fazer de sombrinha rítmica à melodia – tudo, compõe um saboroso menu de sublime suavidade (o que pelas mãos deste jovem também já é lei). Destaque para Piledriver Waltz primeiro porque até milita no alinhamento de Suck It And See e depois porque se trata de uma grandíssima canção.
Ao contrário da geração que o vai tornando num dos mais badalados e venerados jovens da actualidade musical, Alex Turner não segue à rasca, segue na vida, no seu imaculado percurso. E um dia será imortal.
8/10
Alex Turner - Piledriver Waltz

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