Aqui vos apresento o mais recente álbum do alter-ego dos The Kilimanjaro Darkjazz Ensemble. É todo um outro mundo, bem mais negro diga-se, em relação ao que se pode ouvir saído da "banda irmã". Os próprios intitulam o estilo de mutant jazz, e é uma etiqueta que até lhes fica bem. À semelhança duns Bohren & der Club of Gore e de Dale Cooper Quartet & the Dictaphones, uma banda maioritariamente de sopros alguma vez fará música mais sinistra e digna de constar nas cenas mais negras dum filme de David Lynch (leia-se o nome do segundo projecto mencionado) do que o que aqui se faz ouvir.
Deixem-me que vos aconselhe a esperar por um dia enevoado para uma primeira escuta do álbum, parece haver toda uma utilização e metamorfose do espaço circundante com o som que deste vai sendo debitado. E esse vai desde um solitário trompete a ser tocado no que parece ser uma caverna gigantesca, tal é a quantidade megalómana de reverb utilizado, a partes bem mais densas e barulhentas, recorrendo a sintetizadores e a todo o espectro de frequências sonoras possível e imaginário.A cada segundo e camada que vai e vem, parecemos estar prestes a descobrir quem matou Laura Palmer ou quem é (ou não) afinal Betty Elms. A música não fica muito mais cinematográfica que isto.
(Sabem o que se costuma dizer sobre nomes de banda grandes. Sim, review pequena, por isso peço desculpa. Mas podem contar com mais para breve.)
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