REVIEW: Graveyard - Hisingen Blues, por Emanuel Henriques


Da Suécia já estamos todos acostumados a ouvir boa música e este quarteto de rock psicadélico não foge à regra. Hisingen Blues é claramente um álbum que reflecte a paixão destes músicos pelos Led Zeppelin e não escondem – também acho que nem eles o queriam esconder. Mas desenganem-se aqueles que acham que é mais uma cópia – ou tentativa – dos Zeppelin, é muito mais que isso: É um hino aos anos 70; é directo, é enérgico e com groove e com muito feeling.
E com mais energia não poderia começar, a brilhante Ain’t Fit to Live Here agarra, desde logo, o ouvinte – um bom presságio para o que se segue (ouçam-na em baixo). No Good, Mr. Holden é mais calma, mellow, se quisermos, mas com muito feeling, mostrando-nos o enorme talento da banda principalmente a nível vocal. Segue-se o single Hisingen Blues, som catchy que fica instantaneamente na cabeça. Um dos pontos altos do álbum é esta Uncomfortably Numb: é arrepiante, é assombrosamente deliciosa – aquele riff principal é simplesmente magnífico que fica em loop na mente – é o ponto alto da primeira parte do disco onde se nota claramente a influência rock/blues da banda. Segue-se Buying Truth que reflecte todo o poder e contraste que a banda tem e consegue imprimir ao longo do álbum, se na música anterior tínhamos um requinte muito blues, nesta temos um tema bastante directo e duro, tal como o álbum começa. Longing é um tema completamente instrumental em que temos um órgão como instrumento principal que assume toda a direcção que a música leva, é claro, sem nunca esquecer as guitarras: um momento de introspecção e viagem mental. 
E é com Ungrateful Are The Dead que chegamos ao segundo ponto alto do álbum com excelentes solos de guitarra e com uma atitude muito blues. Rss transporta-nos novamente para a faceta mais enérgica e com Groove da banda. O álbum termina com The Siren, provavelmente a música mais blues do álbum, um fim hipnotizante para um álbum muito bem construído. A vontade de voltar a ouvir o álbum novamente é quase instantânea.
Este é provavelmente um dos melhores álbuns de rock do ano. São quarenta minutos de música completamente viciante e que, provavelmente, irá tocar muitas vezes por aí. Apesar das suas influências claramente Zeppelianas conseguem soar frescos e autónomos, conferindo, assim, uma outra dinâmica às suas músicas. Será uma obra-prima? O tempo dirá.
9/10
review por Emanuel Henriques 
 

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