Já faz algum tempo desde que este bebé virou criança e que já em 2008 deu um daqueles saltos típicos de uma adolescência aos pulos – Dear Science foi isso mesmo – mas é de barba e pêlo no peito que chegamos a um macho e directo Nine Types of Light.
Esta madura experiência volta a ser excitante, mas torna-se mais formal, mais pensativa e dentro de tanto pensamento criou-se uma expectativa (esse extra inconsciente a mais dentro de nós). Se a expectativa não contasse, então, tudo acabava mais puro, mais arrepiado, mais acriançado mas a verdade é que contamos com ela e neste instante de avaliação acaba inevitavelmente por pesar.
Este quinto momento da banda é um grito que fala por si próprio mas olhando para o passado percebemos que perdeu um pouco a acidez, está mais polido e neste duelo, Dear Science (era impossível não olhar para ele) que tratava de ser uma mochada de ideias, com a palavra bonança estampada na pele, fica-lhe a ganhar.
Nine Types of Light forma uma simbiose crucial entre canções, onde se vai esperando sempre qual o next move, a próxima surpresa sonora, ambiental ou lírica. Alcançando quase sempre a tal fasquia estabelecida pela expectativa: No Future Shock, Killer Crane, Will Do (que podem ouvir ali em baixo) ou Caffeinated Consciousness servem para tornar mais uma mera audição, num senhor álbum.
7.8/10
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