REVIEW: Explosions In The Sky - Take Care, Take Care, Take Care

Sexto longa duração dos rapazes do Texas, este é o sucessor do aclamado e eterno favorito “All Of A Sudden I Miss Everyone”, de 2007. Os EITS que já alcançaram faz algum tempo uma posição invejável na cultura post-rock, em grande parte devido ao seu álbum de 2003, “The Earth Is Not a Cold Dead Place”, chegando até a constituir grande parte da banda sonora da série e filme “Friday Night Lights”.
Não posso esconder que este era um dos álbuns que tinha um possível candidato a melhor de 2011, mas, com esta conversa, já estão a ver que a coisa não é bem o que esperava.  
“Trembling Hands”, música que já tinha sido disponibilizada para escuta há algumas semanas (oiçam-na em baixo) acaba por resumir o que se passa no todo. Não há grandes progressões ou finais bombásticos, facto que tanto adoro nos registos anteriores da banda. É um álbum mais dado à repetição e ao “coito interrompido”. Sim, porque normalmente têm-se relações sexuais com o objectivo de atingir o orgasmo (não, ninguém o faz para ter filhos), e se interromper o acto quando se está quase a atingir o clímax é capaz de ter piada uma vez ou outra (aqui já associando ao post-rock), fazê-lo por meia dúzia de vezes, e vezes como quem diz músicas, não é tão engraçado. Ah, e a faixa em questão no início deste parágrafo é mesmo A faixa que nunca deveriam ter feito.
Há aqui boas músicas, sem dúvida, principalmente na parte final do álbum, em que temos “Postcard From 1952”, com um build up fantástico, que podia muito bem ser algo que os EITS lançariam como um b-side do “The Earth Is Not a Cold Dead Place”. Temos também “Let Me Back In”, a última, e na minha opinião, melhor faixa de todo o álbum. E esta faz-me pensar que aquilo de que sinto mais falta é mesmo a melancolia e magnitude das guitarras, que tão bem se fazia ouvir em temas mais antigos, como “Have You Passed Through This Night?” e “It’s Natural To Be Afraid”, etc.
Porque no geral este “Take Care, Take Care, Take Care” é um álbum festivo, cheio de luz, esperança, e, digamos, coisas boas. Tenho também de dizer que, apesar de não ser um mau álbum, algo longe disso até, é o pior da carreira dos norte-americanos. É que acaba por ser só mais um álbum de post-rock que inevitavelmente se perde no meio de tantos outros.

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