REVIEW: DeVotchKa - 100 Lovers


O novo álbum da banda que agora nada no gypsy-indie-pop começa da maneira mais subtil possível e acaba da mesma maneira. O que não impede as variações dessa mesma subtileza ao longo do curso do albúm.
Neste álbum, os DeVotchKa mudaram um pouco o curso do que normalmente apresentariam aos fãs. Estenderam-se ao espectro recente do indie-pop que dominou 2009/2010 (ou a era hipster, como gosto de lhe chamar) chegando mesmo a utilizar arranjos de som vindos do chillwave tanto através dos sintetizadores como baterias com reverb, chegando a lembrar os Electric Prunes, grande influência no psicadelismo de bandas como Neon Indian, Toro y Moi e afins.
Apesar das mudanças óbvias que se prematuramente saltam à atenção do ouvinte, como, por exemplo, na title track, a banda de Denver não deixou aquilo que os torna aquilo que são, as descidas velocíssimas de notas no violino sujo e os ritmos encharcados naquilo em que eles mais se inspiram, o gypsy. O que tanto se deve a anos a abrir para bandas como Gogol Bordello como ao favoritismo pelas tours Ibéricas e Sul-Americanas que sublinham a tendência que a banda tem para este tipo de música.
Não é o melhor álbum deles, não é um álbum perfeito nem o mais consistente, mas é bom, é o que eles queriam fazer, um álbum exótico e romântico duma ponta a outra. Conta com a participação na percussão de Mauro Refosco da banda do Thom Yorke, Atoms for Peace.
Está cheio de emoção e é fácil de ouvir mas não de assimilar. Sinceramente, tenham paciência para o 100 Lovers (e, já agora, ouçam o tema-título ali em baixo). Vale a pena.
7.9/10

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